Rinoplastia e Rinosseptoplastia texto do dr. Édio Cavallaro otorrinolaringologista.

O que é a Rinoplastia?

A Rinoplastia é, sem sombra de dúvidas, a cirurgia estética mais complexa da face. Os anseios por modificar a estrutura da pirâmide nasal, buscando novos contornos e harmonia facial, são uma constante nos consultórios médicos especializados, estimulando o aprimoramento técnico-científico constante da rinologia e cirurgia plástica facial.

Entendemos como Rinoplastia a cirurgia cujo objetivo é realizar modificações na pirâmide nasal (o nariz por fora como conhecemos). Tal cirurgia vem evoluindo de modo contínuo, com novos recursos técnicos surgindo dia após dia na literatura médica. Dentro deste contexto, o que no passado era visto como uma cirurgia frequentemente apenas de redução, hoje se entende como uma cirurgia estruturada, onde forma e função devem sempre estar juntas e serem ponderadas em sua totalidade, sem que a necessidade de uma não prevaleça em detrimento da outra.

Rinoplastia a cirurgia cujo objetivo e realizar modificações na pirâmide nasal

Rinosseptoplastia – o que muda?

Frequentemente, pacientes com anseios estéticos nasais também apresentam respiração nasal insatisfatória. Na maioria destes casos, distúrbios na anatomia do septo nasal são a principal causa do problema e merecem ser corrigidos no mesmo ato cirúrgico (na mesma cirurgia). Portanto, quando realizamos a cirurgia estética nasal associada à correção dos desvios do septo nasal, chamamos o procedimento de Rinosseptoplastia.

Rinoplastia - Rinosseptoplastia o que muda?

Rinoplastia estruturada e Rinoplastia funcional – a mesma coisa?

O conceito de “Rinoplastia estruturada” engloba buscar as modificações estéticas mantendo a pirâmide nasal bem sustentada com utilização de enxertos e/ou suturas, ou mesmo não realizado manobras e ressecções exageradas, sempre olhando à frente do procedimento cirúrgico. Consiste em imaginar quais possíveis problemas já devem ser pensados, trabalhados e evitados, na cirurgia em questão. Trabalha-se a prevenção da obstrução nasal e das retrações/alterações cicatriciais. Frequentemente são utilizados enxertos do próprio septo nasal para realizar esta estruturação. São exemplos muito comuns os enxertos tipo “poste” columelar, enxertos de extensão septal, enxertos de válvula nasal, etc.

Já a Rinoplastia (ou Rinosseptoplastia) funcional é a cirurgia realizada para corrigir problemas já existentes na pirâmide nasal que estejam causando obstrução. Um exemplo típico são os casos de insuficiência de válvula nasal. Esta situação ocorre quando, durante a inspiração, as estruturas (principalmente das asas nasais) se fecham por serem débeis e insuficientemente fortes para se manterem abertas. Nestes casos, a cirurgia está indicada por questões de ordem respiratória. Porém, vale lembrar que a forma é indissociável da função, tendo-se todo cuidado com a estética nasal durante a sua realização.

Rinoplastia estruturada e Rinoplastia funcional qual e a diferença?

Quais outros problemas podem ser corrigidos nas cirurgias de Rinoplastia e Rinosseptoplastia

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Diversos problemas funcionais, como a hipertrofia dos cornetos nasais, presença de pólipos ou mesmo a incompetência dos seios paranasais podem ser operados no mesmo tempo de uma rinoplastia. Na verdade, este é o melhor momento para isso.

Problemas faríngeos, como os das amígdalas ou distúrbios do palato (como nos casos de pacientes roncadores ou com apneia do sono) podem também ser corrigidos neste momento. Exceções existem, claro, mas devem ser discutidas caso a caso.

Quais outros problemas podem ser operados juntamente com a Rinoplastia?

A cirurgia de Rinoplastia e Rinosseptoplastia:

A Rinoplastia e a Rinosseptoplastia pode ser realizada sob sedação ou anestesia geral, e pode ser aberta ou fechada, ou seja, pode precisar de uma pequena incisão (pequeno “corte”) na columela ou ser realizada totalmente através das narinas. Estas escolhas devem ser feitas com base nos anseios do paciente e levando-se em conta as necessidades técnicas de cada procedimento.

Normalmente dura entre 3 a 4 horas de procedimento, mas não existe “tempo limite”. Na nossa prática, raramente necessita de tampões, o que permite uma respiração satisfatória no período pós-operatório imediato. Em alguns casos, onde ocorrem manipulações mais contundentes em septo nasal e cornetos, a manutenção de “splints” nasais de silicone pode ser necessária por 5 a 7 dias, mas também permitem a respiração parcialmente.  A fixação externa das estruturas da pirâmide nasal (curativo externo) é rotina. Diversos materiais podem ser utilizados com este propósito (gesso comum, gesso termoplástico ou placa metálica moldável), sendo mantidos na posição com a utilização de esparadrapo microporado por 7 a 14 dias.

Sala de cirurgia com otorrino segurando instrumento

Pós-operatório de Rinoplastia e Rinosseptoplastia:

Normalmente o paciente recebe alta hospitalar no dia seguinte ao da cirurgia. Vai para casa com um guia de orientações por escrito e prescrição de medicações sintomáticas como analgésicos. Frequentemente recebem também a prescrição de Antibióticos, recomendados sempre que se utiliza enxertos.

Como já dito, a retiradas dos “splints” nasais (quando necessários) é feita após 5 a 7 dias no consultório. A retirada de pontos (quando necessária) também pode variar, mas com frequência é realizada com uma semana.

Não costuma ser uma cirurgia com grandes dores no período. Uso de analgésicos comuns (Dipirona ou Paracetamol) geralmente já é suficiente.

É recomendado repouso pós-operatório domiciliar por 7 a 14 dias, variável de acordo com o procedimento. As condutas podem variar também de acordo com cada cirurgião, porém, de forma geral, devem ser evitados esforços mais importantes no primeiro mês e esportes de contato nos primeiros 3 meses. O Sol é um grande inimigo nesta época, pois a radiação solar pode levar a escurecimento permanente na região das equimoses ou mesmo “marcar” mais a pele, portanto, o uso de protetor solar frequente é fortemente recomendado (mesmo dentro de casa). Recomendamos também não utilizar óculos “pesados” por um período de 3 meses, buscando substituí-los por lentes.

Meu plano de saúde paga a cirurgia de Rinoplastia e Rinosseptoplastia?

Meu plano de saúde paga a cirurgia de rinoplastia e Rinosseptoplastia?

Essa pergunta é muito comum. No roll da ANS não estão contemplados procedimentos estéticos, portanto, rinoplastia por questões de insatisfação estética não é coberta pelos planos de saúde. Quando o paciente sofre também de problemas funcionais (como desvio do septo nasal e/ou hipertrofia dos cornetos) o plano de saúde paga os honorários relativos à parte funcional da cirurgia e o paciente vai arcar com os honorários (médicos e HOSPITALARES) relacionados à estética.

Porém, casos de narizes disfuncionantes, desviados por trauma severo ou mesmo casos de insuficiências estruturais nasais que cursem com redução da qualidade de vida, os procedimentos de Rinoplastia reparadora ou Rinosseptoplastia funcional devem ser custeados pelos planos de saúde, já que tais procedimentos constam no roll da ANS. A questão fundamental a ser observada aqui é que sempre se é devidamente auditado pelos planos a existência de tais problemas, sendo necessários documentos como laudos de exames comprobatórios  para sua devida autorização ou não, caso o plano julgue improcedente.

Perfil do otorrino em Copacabana dr. Édio Cavallaro médico otorrinolaringologista rio de janeiro RJ

Dr. Édio Cavallaro

Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF-MG

Especialista em Otorrinolaringologia (Residência Médica)  pela Universidade Federal do Rio de Janeiro  – HUCFF – UFRJ

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